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A divisão Internacional do Trabalho corresponde ás formas como se organizam as relações de trabalho no mundo. Esse processo teve inicio com as Grandes Navegações, no século XVl(16),e se aprofundou com a I Revolução Industrial.
Mas a DIT não se refere apenas à relação Capital X Trabalho dentro de economias nacionais, mas à sua articulação em escala global, ou seja, a organização e situação econômica dos diversos países no mundo.
Desse modo, historicamente podemos falar que vivemos, na atualidade, uma terceira fase da DIT. Mas o que foram e quais as características da Primeira, Segunda, e Terceira DIT?
A Dit passou por três fases.
A primeira fase foi durante o final do século XV(15) e ao longo do século XVI(16), período de início das grandes navegações e de expansão da civilização europeia pelo mundo que foi quando começou o Capitalismo Comercial. Esse período era caracterizado pela produção manual de matérias primas e pelo acumulo de metais e minérios preciosos, com isso os locais colonizados pelos países europeus tinham que produzir explorando os recursos naturais, um exemplo é o do Brasil, em que Portugal extraía o Pau-Brasil para a produção de vários tipos de produtos.
A segunda fase foi durante o século XVI, mas principalmente a partir do século XVII. A segunda DIT sofreu pequenas alterações com a Primeira e Segunda Revolução Industrial, as colônias e os países subdesenvolvidos passaram a fornecer produtos, assim como vários tipos de minerais e especiarias. Nesse período, por exemplo, o Brasil se viu marcado pela monocultura da cana-de-açúcar (século XVI)(16) e exploração de ouro (século XVII)(17).
A terceira DIT começou a partir do século XX(20), com a Revolução Técnico-Científica-Informacional e a consolidação do Capitalismo Financeiro. Temos a expansão das grandes multinacionais pelo mundo e isso acarretou uma mudança na Divisão Internacional do Trabalho, que passou a ser conhecida também por Nova DIT.
Nesse período, os países subdesenvolvidos também realizaram os seus processos tardios de industrialização. Só que, diferentemente da industrialização dos países desenvolvidos, essa aconteceu a partir da abertura do mercado financeiro desses países e pela instalação de empresas Multinacionais ou Globais, oriundas, quase sempre, de países desenvolvidos.
Além disso, assistiu-se também a uma segmentação do mercado produtivo. Para buscar isenções de impostos e rápido acesso a matérias-primas nos países subdesenvolvidos, as multinacionais distribuíram o seu processo produtivo por todo o globo terrestre. Um carro, por exemplo, tem o seu motor produzido no México, os para-choques na Argentina, o Chassi na Coreia do Sul e a montagem realizada no Brasil.
Principais conceitos:
Um dos principais conceitos da DIT é que nenhum país consegue ser competitivo em todos os setores, e de fato, acabam por se direcionar suas economias. No fundo, o objetivo é o mesmo da divisão de tarefas numa fábrica, o de gerar um elevado grau de especialização para que a produção seja mais eficiente, exatamente como Adam Smith em sua Riqueza das Nações já afirmava no século XVIII.